terça-feira, 17 de novembro de 2020

Travessia Marins X Itaguaré - Serra da Mantiqueira

E daí, galera, todos bem? Se você caiu aqui no blog e quiser fazer um trekking com a gente manda um recado, temos uma página no instagram também @passofortetrekking. Se você for sedentário não tem problema, a gente também era, não conseguíamos nem fala e anda ao mesmo tempo no começo dos rolês kkk... Mais um relatinho de uma travessia que realizamos na Serra da Mantiqueira. Dessa vez encaramos a travessia pico dos Marins x pico Itaguaré, que é considerada por muitos uma das travessias mais técnicas da Serra da Mantiqueira, será que é MEMO? É sim kkk... a travessia é braba, prepara os cambitinhos que o bicho pega kkk Se você estiver pensando em fazer essa travessia sem guia ou sem gps não precisa nem pensar na volta porque você vai ficar por lá kkk... é sério tem várias bifurcações durante o percurso. Uma dica é sempre estudar antes o rolê que você for fazer para dar uma noção de lugar e tempo. Pra quem não conhece, a serra da Mantiqueira é uma cadeia montanhosa que se estende por três estados do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além do mais a região tem altitudes médias de 1200 a 2800 metros.
A travessia foi realizada nos dias 03 a 05 de Outubro e geralmente nessa época as chuvas já começam a ficar mais constantes mas pra nossa sorte o período chuvoso deu uma atrasada e deu muito certo fazer em Outubro. Saímos de Londrina, no Paranazão, e seguimos rumo a Marmelópolis/MG. Acabamos indo por Algumas pessoas seguem para Piquete/SP ou Cruzeiro/SP, mas vai de cada um, do contato que você tiver. A gente conseguiu um contato de um pessoal muito firmeza em Marmelópolis e caímos pra lá. Marmelópolis é uma cidade bem escondida e para chegar lá passa por uma cadeia de montanhas depois de Piquete-SP e Delfim Moreira-MG, estrada asfaltada e conservada. Chegamos em Marmelópolis a noite e ficamos na Pousada Mantiqueira, diária era 60 pila por cabeça (vamos deixar os contatos no final do relato). De manhã eles servem um café muito bom, dá pra reforçar bem antes de fazer a travessia. Trocamos uma ideia e o dono da pousada nos informou que no dia anterior ocorreu o enterro do guardião da Mantiqueira, o Seu Maeda, ele estava internado devido a um acidente e acabou não resistindo, uma triste notícia. Tomamos o café da manhã e seguimos para encontrar um Vereador de Marmelópolis que também faz o transporte da galera até o início da trilha, o Sr. Nê Moratinho. Muito gente boa, deixamos o carro na sua casa e de lá ele leva até o início da trilha e faz o resgate no dia combinado. Da casa do Nê Moratinho até a entrada do Pico do Marins é um percurso de terra bem batida que demora aproximadamente 30 minutos. Lembrando que você precisa combinar com o Moratinho quando ele vai fazer o resgate no final da travessia. Pra quem não sabe o Pico do Marins é onde desapareceu o escoteiro Marco Aurélio, e que até hoje, não foi encontrado, segue matéria para os interessados (https://www.youtube.com/watch?v=UTADBQNZtIk) O início da trilha é tranquilo, mata fechada, sombra e sem maiores dificuldades, mas depois de um tempinho a mata fechada vai ficando pra trás e o sol já mostra o cartão de visitas e de brinde vem uma subida até o Morro do Careca. A partir a trilha começa a ficar mais puxada.
Galera o mais importante que vocês precisam saber é que essa travessia não tem água, ou seja, cilada. Tem que levar na mochila e o único ponto confiável de água que tem é no fim da travessia kkk... Só de lembrar fiquei com sede, que perrengue kkk... Durante o caminho há vários totens indicando a direção certa, bem como algumas setas que marcam as pedras, mas não é assim durante toda a travessia e não dá pra confiar em todos os totens. Após diversas passagens com escalaminhada e paredões, chega-se a um vale que você precisa manter-se a direita para ir ao Pico do Marins. Nesse momento você estará próximo à base dos Marins, onde há uma nascente totalmente zuada, inclusive tem uma placa dizendo que a água está contaminada, é bom não arriscar. Depois de passar essa nascente, fica mais tranquilo seguir pelos totens, até o cume. Há algumas áreas de camping antes do topo, então resolvemos montar as barracas no “ombro do Marins” porque no cume tinha muita gente. Montamos o acampamento e fomos atacar o topo do Marins, andamos mais 500 metros, chegamos no famoso pico, um lugar ANIMAL, pegamos o pôr do sol, assinamos o livro e voltamos para fazer a janta. Putz, essa é a melhor hora, a gente tava com muita fome kkk O problema é que levamos calabresa pra fazer um risoto kkk... fatal error... já não tinha muita água, aí tivemos que esquentar pra fazer esse rango, pensa na sede depois kkk aí resolvemos tomar mais um pouco da água kkk Resumo da pernada: 6,65 KM → Pico dos Marins
Acordamos de manhã e o tempo estava muito fechado, muitas nuvens e uma garoa chata, estava difícil até para encontrar o caminho. Desmontamos as barracas pela manhã e retornarmos para o vale onde fica a nascente do rio contaminado; pegamos a direita que leva para o pico do Marinzinho e logo de cara já tem uma subida chata, e na sequência fomos contornando pela esquerda – essa parte é bem complicada, vários trechos com escalaminhada e muito capim. Alcançamos o Pico do Marizinho que tem uma altitude de 2.432 metros, demos uma contemplada no visual e assinamos o livro. Chegar nesse lugar já vai um esforço e a vontade de matar a água restante era inevitável, pensa numa chatice que é você morrendo de sede e ficar dando só golinho na água kkk Depois do Marinzinho a próxima parada é a pedra redonda, que consegue ser vista de muito longe. A partir dai a travessia fica mais complicada, passando o Marinzinho já tem o lance das cordas pra descer aproximadamente uns 8 metros, várias pirambeiras e subidas. Depois da descida tem um vale e uma puta subida kkk aquele tipo de subida que faz você pensar “poderia estar em casa de boa mas to aqui” kkk Depois de muitas subidas e descidas chegamos na pedra redonda, que não é tão redonda de perto kkk... fizemos uma pausa, tomamos uns goles de água porque a língua tava colando no céu da boca.
No caminho há alguns pontos de camping para quem está com mais tempo. Seguimos rumo ao Itaguaré e o percurso continua com muito capim, subida e descida ô glória kkk Depois de um tempo andando passa por dois obstáculos com pedras, onde é necessário passar por baixo das pedras. A partir dai você está bem próximo da base do Itaguaré, já pode comemorar kkk deixamos as mochilas na base e fomos atacar o cume. O Itaguaré possui uma formação rochosa muito bonita. E Se você quiser assinar o livro terá que fazer o “Pulo do gato”, que é uma pedra suspensa numa fenda inclinada kkk é uma bad trip kkk Após atacarmos o Itaguaré, resolvemos trocamos uma ideia com um galera que estava lá e nos mostraram onde tinha água. Nessa hora a gente tinha bem pouca e seria nossa salvação kkk O problema é que estava escurecendo e foi muito difícil encontrar a nascente mas com persistência deu certo, tomamos muita água kkk foi foda Andamos mais um pouco durante a noite e encontramos uma área de camping e resolvemos ficar por ali e terminar pela manhã a travessia. O cansaço era bem forte mas a gente tinha água então tá tudo certo kkk... Resumo da pernada: distância percorrida: 8,55 km altitude máxima: 2376 duração: 6:43
Pela manhã andamos mais 2,95 Km até o final da trilha, onde o Sr. Nei Moratinho já estava nos aguardando. Realmente essa travessia é difícil mas vale a pena demais. Erramos na quantidade de água e isso incomodou um pouco mas ao mesmo tempo essa revés foi muito desafiador. Valeu galera, fica assim então, na próxima você vai com a gente. CONTATO POUSADA MARINS: 35-99963-5834 CONTATO NE MORATINHO TRANSFER: 35-99758-9311 VIDEO TRAVESSIA YOUTUBE: https://www.youtube.com/watch?v=wuUVpDWHXMY&t=7s

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Sengés, PR - Terra de lindas cachoeiras e canyons!

Camping
 Salve galera! Estávamos um pouco inativos aqui nos relatos mas resolvemos voltar com TUDO. Estamos postando vídeos novos em nosso canal no Youtube confiram lá, instagram também está à todo vapor @passofortetrekking.
Bom, chega de jabá kkk, vamos ao que interessa, relato desse rolê nervoso que fizemos no dia 31/10/2020 a 02/11/2020. SENGÉS - PR.
Já faz alguns anos que estava namorando essa região e pesquisando sobre e deu certo pra nesse fds cairmos pra lá.

Primeiramente, colhendo informações na net, encontramos um Camping ANIMAL que fica no coração da região, bem próximo a maioria dos roles disponíveis ali por perto. O nome do Camping é RANCHO AHCAUÃ (no fim do relato estará todos os contatos). Um lugar maravilhoso, acampamos em frente a um visual sensacional, na beira de uma represa, sem palavras. A estrutura é muito boa, tem um banheiro com agua quente, uma cozinha com fogão e geladeira, uma mesa grande pra reunir a galera. O proprietário é muito gente boa (Alemão) e nos passou todas as betas pra desbravar a região, ele tem a opção de camping e a opção de um chalé disponível, bem massa por sinal. Pagamos R$ 40,00 pila por dia para o camping.  O camping fica a 14 km da cidade de Sengés, por uma estrada de terra boa, chegamos com carros baixo. Não pega sinal de celular lá, o que foi muito bom! kkk

Distância do camping pros Rolês que fomos:

Rancho Ahcauã para Trilha das Cachoeira: 6 km
Rancho ahcauã para Canyon Jaguaricatu: 5 km
Rancho Ahcauã para Cachoeira Véu da noiva: 2 km

Rancho Ahcauã para Cachoeira Erva Doce: 500m

Bom, vamos lá. Saímos de Londrina no sábado a noite as 22:30. Tocamos sentido Sengés e de lá pro camping. Um parceiro do comboio se perdeu, o que gerou um pequeno atraso (normal kk). Chegamos por voltas das 4 da manhã no camping, armamos as barracas e fomos dormir um pouco. 7 da manhã já estávamos de pé, pra tomar um café e partimos para a TRILHA DAS CACHOEIRAS. Fizemos ela sem guia, estava com o WIKILOC e resolvi guiar a turma pelo mapa, achei bem tranquila. Não tem marcações, mas como estava cheia de gente, era muito difícil se perder. Mas encontrei alguns guias no caminho e conversando com eles, disseram que quando o rio enche, fica inviável atravessar os rios sem corda. Portanto, se você não tem experiência em navegação, trilha de cachoeira e tudo mais, indico a contratação de um guia (fim do post indico 2).
A trilha tem a extensão de 11 km, passa por 5 cachoeiras e muito visual lindo pelo caminho. Atravessa diversos rios, portanto, o seu tênis vai molhar, vá preparado!
Começamos pelo
Cachoeira do Postinho
POÇO FUNDO.

Abaixo as cachoeiras que passam na trilha:

Cachoeira dos Bugres
Cachoeira do Lageado
Cachoeira dos Veadinhos
Cachoeira do Pinheirinho
Cachoeira do Postinho

Todas lindas. Renderam um passeio sensacional. Cachoeira dos veadinhos foi a mais legal para banho, agua cristalina, estava com snorkel e deu pra mergulhar legal. A mais alto e bonita eu achei a do Postinho!  Rolê totalmente FREE. Levem lanches e quitutes, não tem nada por perto que venda. Disseram que tem uma fazenda por perto lá pra reservar um café da tarde top pra volta da trilha, mas não passamos por lá, então não consigo passar as infos. Mas se tiver interesse, se informe lá que é bem conhecido!

Voltando... Terminamos esse rolê e voltamos para o camping. Demos uma descansada e jantamos. Dormimos cedo para aproveitar o próximo dia!


Na segunda-feira (02/11/2020), levantamos cedo para o café e saímos pros rolês mais famosos ali da região. O CANYON JAGUARICATU e a CACHOEIRA VÉU DA NOIVA/SOBRADINHO. 

Canyon Jaguaricatu
Saímos do camping sentido o Canyon, bastante marcação na estrada facilitaram muito. Passamos pela Árvore da lenda, tiramos algumas fotos e seguimos para o Canyon. Trilha pro Canyon tranquilíssima, pode levar a vó, criança, o parceiro nutella, que é bem tranquilo... Mas o visual é sensacional! Que canyon lindo, estávamos sozinhos lá (demos sorte kk) e aproveitamos para contemplar sossegados, foi demais! Saindo de lá, já descemos para a famosa Véu da noiva (nome original né kkk). Bem demarcado com placas também e é caminho de volta do Canyon, sem chance de errar. Atravessa uma trilhinha bem tranquila de uns 500m e chega na cachu. Quando chegamos, todos ficaram boquiabertos, ela é belíssima. Realmente um cartão postal, água cristalina, cercada por uma vegetação linda e um rochedo imponente, impressionante a beleza dessa cachu! Ficamos curtindo nela, nadando, pulando, tirando fotos e contemplando. Depois tocamos para a Cachoeira Erva Doce. Bem bonita também, mas sem área para banho, mais para contemplar mesmo e tirar algumas fotos. Voltamos após isso para o camping umas 14:00 horas, desarmamos o camping, comemos e vazamos!

Bom, é isso. Espero que possamos ajudar aos aventureiros a desbravar essa belíssima região! Se está na dúvida se vai ou não! Manda ver que será uma viagem inesquecível aos amantes da natureza.

Segue as infos prometidas 😂😂😂

RANCHO AHCAUÃ: 43-99803-6473 (ALEMÃO)
Beto Guia: 43- 99976-2717
Celio Guia: 43-99980-4317


Cachoeira Véu da Noiva
Segue também o link das trilhas que fizemos (wikiloc)

Trilha das Cachoeiras: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/trilha-das-cachoeiras-59810809

Canyon+Véu da noiva+Erva doce: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/canion-jaguaricatu-cachoeira-veu-da-noiva-e-cachoeira-erva-doce-59810811


Tamo junto! Até a próxima!






sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Trilha Praia São Miguel - Galheta, Penha SC

Salve galera!

Vamos compartilhar com vocês uma trilhinha suave que fiz no final do ano, com meu irmão e minha cunhada (sem experiencias em trilhas) muito gostosa de se fazer. Tranquila e fácil, ideal pra levar qualquer pessoa que quiser, com mata, morro e praia, manera demais!

Bom, vamos lá! A cidade é Penha (cidade do Beto Carrero World), a praia que começa a trilha é São Miguel. É um bairrozinho bem pequeno, comecei a trilha pela Rua Evilásio José Mendonça, o começo da trilha é meio escondido, beirando o muro de trás da ultima casa da rua, mas quando entrou nela é sem erro, chão muito batido, bem demarcada, que vai te levar sem erro.
Vai ter bastante bifurcação e trilhas paralelas, não segui elas, mas creio que todas dão pro mesmo caminho. Fiz ela pelo wikiloc, vou disponibilizar o link logo abaixo (dae fica mamão com açucar, rs).


Começando o percurso, mata bem fechada, o que ameniza o calor e da uma refrescada da hora no rolê, seguimos mais ou menos 1 km até uma bifurcação que levaria pra umas pedras, onde tem uma vista da hora da praia, e descobri depois que tem a Praia da Galhetinha por ali também, mas não fui. Mas com ctz é bem facil de encontra-la em uma das trilhas que cruzam pelo caminho.Seguindo mais 1 km chegamos a Praia da Galheta, que lugar animal! Somente uma casa havia no lugar, com um piá fazendo a leitura de um livro, praticamente deserta!! Muitas conchas lindas, enchi os bolsos kkk e agua transparente, praia ANIMAL!!


Demos um tempo lá, um mergulho, varias fotos e depois vazamos pra almoçar, acabamos nao levando rango, pq nao sabiamos como seria a praia la (vacilamos!).
Quando estavamos voltando, um grupo de umas 20 pessoas chegando por lá. com frango, farofa e tudo mais, vazamos na hra certa KKK.
Mais 1,89 Km de volta, acabei por desbravar outro caminho e saindo em outra rua, cortamos um caminho na volta, que terminou na Rua Pedro Nascimento, terminamos a trilha e partimos pra praia de Sao Miguel almoçar e curtir a tarde. Um role mto da hra, no outro dia eu fui embora, meu irmao e cunhada voltaram e levaram um outro amigo para fazerem a trilha (ja foram os guias kk).






Dados da trilha:
Extensão: 3,89 km
Dificuldade: Fácil
Elevação: 219m
Tempo: 1 hora



É isso aew, espero que ajudem vocês!

Link wikiloc: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/sao-miguel-galheta-22121044



Tamo junto.

Relato: Renan Calixto

PassoForte Trekking





quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Travessia Cânion Laranjeiras ao Cânion do Funil, SC

Salve, galera!
Depois de algum tempo sem atualizarmos o blog, trouxemos o relato de uma travessia pelos cânions das
Laranjeiras e Funil, em Bom Jardim da Serra – SC.
Geralmente as pessoas vão conhecer apenas um dos cânions, não realizando a travessia, pois é extensa,
cerca de 25 Km, dependendo do trajeto de cada um e do tempo disponível.
A travessia foi feita no começo de Dezembro, e o tempo não estava muito favorável para realizar o
percurso, mas foi o tempo que tivemos para o rolê. Vai umas betas importantes, segura:
Observações: 1o Antes de se deslocar é necessário entrar em contato com o Ronaldo Coutinho,
meteorologista da região que pode passar maiores informações sobre o tempo –
http://saojoaquimonline.com.br/climaterra/author/coutinho/
2o Como os cânions ficam em propriedades privadas, é necessário avisar os proprietários
da intenção de realizar a travessia, caso contrário, podem ocorrer problemas, inclusive, de ter que encerrar
a travessia. Entramos em contato com o Sr. Miguel pelo fone (49) 99127-1014.

3o A travessia é muito complicada, não há sinalizações e o tempo muda abruptamente,
com muita serração e pouca visibilidade, então faça a travessia com guia ou GPS com mapa atualizado.
Feitas considerações importantes, vamos ao relato caneleiros de plantão HEHEHE. Saímos de
Joinville/SC rumo à Bom Jardim da Serra – cerca de 400 Km e combinamos com Miguel que o encontro
seria até o Mirante da Serra do Rio do Rastro - Lauro Muller – SC.
O dia amanheceu lindo e pela manhã, 07:30, entramos na Serra do Rio do Rastro – passagem obrigatória
para quem estiver pela região – a Serra do Rio do rastro é cortada pela SC-390 e é cercada de precipícios,
matas e cachoeiras. Em dias de céu aberto, a vista é estupenda.
Ao encontrar o Miguel, deixamos o carro perto do mirante e encostado no Posto da Polícia Rodoviária
Estadual e, com o veículo do Miguel partimos para a Fazenda Santa Cândida, ponto de início da travessia.
Após 25 minutos, chegamos à fazenda e nos encontramos com a proprietária que nos passou algumas
informações importantes: A travessia é feita passando por diversas propriedades privadas, cerca de 3 ou 4,
incluindo a do Seu Miguel. Entretanto, os demais não foram avisados que faríamos a travessia, assim o
Seu Miguel ficou incumbido de avisá-los.
Pagamos as taxas e locomoção dessa maneira: Seu Miguel cobra 100,00 reais por cabeça para realizar a
transporte até a fazenda (isso mesmo, amiguinho, R$ 100,00 temers) + R$ 50,00 por cabeça para acampar
na sua propriedade. Ainda bem que os demais proprietários não está cobrando, por enquanto, senão a
travessia custaria um órgão HEHEHEHE
Iniciamos a travessia pela trilha que não possui muitas dificuldades e, após não muito tempo, avistamos o
Cânion das Laranjeiras – um lugar singular, onde percebemos o quão pequenos somos perto dessa
natureza incrível construída pelo Paizão. Depois de algum tempo contemplando o visual e petiscarmos
um lanchão, seguimos a caminhada. Para continuar, tivemos que retornar um pouco e seguir pela direita,
onde eu repito que é necessário ter um GPS pois a trilha não é batida e muito menos sinalizada. Talvez há
a possibilidade de contornar o cânion mas resolvemos retornar conforme um guia que encontramos lá nos
orientou.
Grande parte da travessia possui charcos, são aquelas poças que você pisa e afunda seu pé até canela, ou
até o joelho kkk. Ai você pensa em pisar bem tranquilo para o pé não afundar e não tem jeito, afunda de
qualquer jeito – a dica é amarrar bem os tênis porque o meu quase ficou por lá. (Fomos num período de
muita chuva).
Após um momento, temos que entrar na direita e passar por uma cerca para continuar a trilha. Mas antes
disso pode subir mais um pouco e contemplar uma vista maravilhosa. Subimos, descansamos e tiramos
umas fotos e voltamos. Depois de seguir a trilha, passamos uma cerca e continuamos e foi quando o GPS
acusou que deveríamos entrar a esquerda. O problema é que não existe uma trilha batida e foi aí que
ficamos em dúvida, então resolvemos seguir o GPS e entramos na mata totalmente fechada kkk bicho
papão! Ai que o bicho começa a pegar rs. A trilha nessa parte não existe e a gente teve que abrir no braço,
então prepare-se para encarar uma trilha bem chata de fazer por um período. Depois de terminarmos essa
parte mais complicada, passamos por um vale com árvores secas, um lugar muito bacana e gostoso de
andar. Após uma caminhada mais tranquila, os charcos voltaram a aparecer com força máxima – aí que o
cansaço pega quem não estiver preparado porque a cada passo o pé afunda até o joelho, além do que
fomos num período de bastante chuvas por lá – o ideal é ir no período onde as chuvas dão uma trégua.
Após passarmos por algumas cercas que separam as propriedades, resolvemos acampar num lugar
sensacional, na beira de um cânion, onde preparamos uma janta e recuperamos as energias para seguir no
próximo dia. Ao amanhecer desmontamos a acampamento e seguimos caminho. O dia amanheceu

nublado e a névoa era constante, e em alguns momentos não dá para visualizar nada; em alguns trechos
dávamos de cara com alguns bois kkk tensos momentos!!! (Ainda mais com amigos que ficam inventando
e falando que o boi tá correndo atrás da gente só pra apavorar os brodi HEHEHE). A trilha passa por
algumas pequenas matas fechadas e novamente frisamos que não há nenhuma trilha indicando o caminho.
A tarde, chegamos ao cânion do funil mas estava muito nublado e não vimos quase nada, infelizmente a
chuva veio com força dificultando MUITO a travessia. Depois de pedir uma trégua para São Pedro,
seguimos caminho e nesse dia andamos aproximadamente 12 km. Resolvemos montar acampamento pois
novamente a chuva iria apertar e dessa vez acampamos no território dos bois kkk pensa nuns bois
curiosos.
Fizemos um rango e como o cansaço era grande dormimos cedo e tocamos caminhada pela manhã; havia
pouco neblina mas mesmo assim perdemos alguns visuais – um pouco chato. Rumo ao final, passamos
pelo último cânion “ RENAN VC LEMBRA O NOME”? e, mais adiante, avistamos um celeiro ou casa
bem na beirada do precipício, muito bacana. Depois, seguimos pela direita em direção à rodovia, onde o
Miguel havia falado para nós irmos porque se continuássemos pela trilha sairíamos numa propriedade e
poderíamos ser expulsos pelo proprietário da terra – ele proibiu qualquer tipo de travessia em sua
propriedade, salvo engano porque havia morrido alguma pessoa por lá, notícia triste.
Depois de chegarmos à rodovia andamos mais uns 2 ou 3 km até o posto da Polícia Rodoviária, sem
sucesso no pedidos de carona.
Bom galera, essa travessia foi muito especial, na real todo rolê é singular e traz aprendizados e muita
simplicidade invade nossos corações. Qualquer dúvida estamos à disposição, até a próxima!



Relato: Laercio Pires



quarta-feira, 28 de junho de 2017

Pico Olimpo, PE do Marumbi, Morretes PR

Pico Olimpo, Parque Estadual do Marumbi, Morretes PR

Salve galera, vamo pra cima de mais um relatinho por aqui, dessa vez iremos falar sobre nosso role no Parque Estadual do Marumbi, mais especificamente na subida do Pico Olimpo.
Raxamos de Londrina, sentido Morretes, o que deu uns 460 kms. Morretes é uma cidade bem tranqüila, muito conhecida pelo seu famoso prato típico, o Barreado!
Chegamos na cidade por volta das 22:00 hrs, paramos em uma ferinha próxima a linha do trem e já mandamos pra dentro um lanchão de barraca que tinha por lá. Pernoitamos na cidade no Hostel Vó Idalina, lugar tranqüilo, bem aconchegante e com um preço bom (R$ 50,00).
Despertamos  logo as 6 da matina pra irmos para o parque armar nosso camping e irmos ao ataque do cume, pois como iríamos apenas passar o fim de semana por lá, acabou sendo um pouco corrido.

Do hostel até a entrada do parque gastamos cerca de 9 km, tudo bem informado, qualquer pessoa na rua vai saber te dizer por onde ir. Até a entrada do parque, tem um trajetinho tranqüilo de estrada de terra podendo ser percorrido por qualquer carro.
Porém após a entrada do parque, só é possível seguir adiante de carro traçado 4x4, ou apé, pois a estrada é bem íngreme (bem mesmo).
Abaixo temos algumas distâncias úteis:

:: Estação Eng. Lange até a Estação Marumbi = 900m
:: Estação Eng. Lange até a "escadinha" - saída da trilha do Itupava = 800m
:: Eng. Lange até o posto do IAP "Prainhas" = 3,2 Km
:: IAP "Prainhas" até o recanto "Santuário Nhundiaquara" (restaurante) = 2,4 Km
:: IAP "Prainhas" até a ponte de ferro, início do asfalto = 4 Km
:: Ponte de ferro até o "centrinho" de Porto de Cima (D. Siroba) = 600m
:: Ponte de ferro até o centro de Morretes (Rodoviária) = 7,6 Km

Por estarmos de carro traçado, seguimos até a estação Engenheiro Lange, lá tem vaga para uns 10 carros, portanto é bom se informar no posto do IAP, a disponibilidade de vagas, pra não perder sua viagem. Também é necessário a reserva para o camping, pois existe lugares para 30 barracas.

Tocamos até o camping, montamos nossas barracas, preparamos a mochila de ataque e partimos as 09:00 da manhã para o Olimpo, optamos em irmos pela via branca, a Frontal.
O inicio do trajeto já nos mostrava o que nos esperaria, desde o começo já é bem íngreme, sendo necessário a escalaminhada, haja perna HEHE.
Nos trajetos mais difíceis, encontram-se cordas, correntes e os famosos grampos, tudo para auxiliar os aventureiros.

Pessoas que sofrem de medo de altura, podem apavorar em alguns paredões que existem os grampos, mas nada que com muito cuidado e precaução, não possa ser vencido. O tempo alternava entre nuvens e janelas de sol, as vezes uma leva garoa nos refrescava em meio a trilha. Pausas para comer, tirar fotos e gravarmos vídeos, eram freqüentes, íamos em um ritmo suave.





Gastamos cerca de 5 horas para chegarmos ao cume, pelo fato de irmos sem pressa, gastamos mais tempo do que havíamos planejado.
Chegado ao cume, um pouco de decepção, muitas nuvens que impossibilitavam nossa visão, não tínhamos visibilidade nenhuma, conversamos com um grupo que estava por lá que nos disse que o tempo estava fechado desde que chegaram e que achavam que não abriria.
Decidimos esperar  e Deus nos presenteou, as nuvens se abriram e fomos agraciados com o espetáculo que é a visão de cima do belíssimo Pico Olimpo, com seus 1539 m.
Ficamos cerca de 1 hora no cume, e nossa intenção era voltarmos pela via noroeste, a vermelha. Mas como pegaríamos trajetos pela noite, optamos por voltarmos pela branca, por já conhecermos o trajeto.

Batemos em retiradas,de volta ao camping, gastando mais ou menos (pois meu relógio havia acabado a bateria hehe)  umas 3  horas na descida! Chegamos ao aconchegante e belo camping, que conta com banheiro limpo, água quente, ponto de apoio para cozinhar e uma excelente estrutara, e o melhor, NA FAIXA HEHE.

É isso ai, para mais informações entre em contato conosco, estaremos felizes em poder ajudar!



Renan Calixto
PassoForte Trekking


segunda-feira, 3 de abril de 2017

Trilha do Pitoco

Salve, galera! Hoje falaremos sobre uma trilha muito tranquila e gostosa de realizar, a Trilha do Pitoco.
A Trilha do Pitoco situa-se na Linha Goio-ên, Estr. Capinzal - Alto Lagoa Funda, cerca de 30 km da cidade de Chapecó/SC, em sentido ao Rio Grande do Sul pela SC-480. 
A entrada é bem localizada, e possui como ponto de entada a Rota Vale do Rio Uruguai. Já a estrada para iniciar a trilha é de terra batida, com aproximadamente 10 km, sem buracos, com paisagens e mirante para observar o rio Uruguai.
Na chegada para iniciar a trilha é necessário pagar um valor de R$ 10,00, com estacionamento para deixar o veículo. A Trilha do Pitoco possui cerca de 3 KM e não é difícil de realizar, mas possui alguns trechos que necessitando cuidado – alguns trechos é necessário atravessar o rio para seguir a trilha, contando com cabos de aço para auxiliar. A trilha possui o mesmo trecho ida/volta, além de possuir 5 cachoeiras para conhecer, tornando o passeio muito atrativo e ótimo para um banho de cachoeira.
É uma trilha que vale muito a pena fazer em um final de semana, além de possuir lugares para acampamento, com boa estrutura.
Até a próxima, pessoal!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Salto Santa Rosa - Tibagi, PR

Salto Santa Rosa – Tibagi, PR


Relatinho novo pra vocês, amantes da natureza! Salto Santa Rosa, essa cachoeira nervosa que fica em uma fazenda, na cidade de TIBAGI, PR.
A cidade de Tibagi, fica na distancia de 219 kms de Londrina, e conta com várias opções de atrativos naturais! Como o Canion Guartelá, o Salto Puxa-Nervos, Morro do Jacaré, entre outras cachoeiras e trilhas, mas a que falaremos hoje, é o Salto Santa Rosa.
Localizada a um pouco mais de 15 km do centro de Tibagi, percorrida por uma estrada de terra com bonitos visuais você encontrará sem muito esforço a entrada da fazenda, fácil acesso, com bastante placas indicativas.
Lá você vai encontrar uma belíssima cachoeira com uma queda de 60 metros, que se forma uma piscina natural (que infelizmente é proibida para banho), mas que vale a bela vista!  A fazenda, por se tratar de uma área privada, cobra uma taxa (pagamos 10 reais para passar o dia). Com uma boa área pra camping, piscina com a água da cachoeira, um lago para pesca e trilhas, tornam um passeio divertido para toda a família!

Contato Salto Santa Rosa: 42 – 3916-2150/3916-2151/9113-4491



Com toda a certeza vale a pena conhecer a cidade de Tibagi! Em outro post, fizemos o relato do Canion Guartelá, que também é um passeio muito legal ali da região. Fiquem com as fotos do passeio! Abraço!



Relato: Renan Calixto


PassoForte Trekking